terça-feira, 26 de maio de 2009

Sopro final.

Num daqueles dias em que se sente um mau presságio no coração, num daqueles dias onde a intuição fala mais alto, vejo-me outra vez no fundo do poço.
Comprovei finalmente que não passamos de meros objectos nas mãos das pessoas, que nos tratam como descartáveis.
Hoje não podia estar pior, perdi tudo do que era mais sagrado para mim, perdi a réstia de esperança de felicidade que ainda incandescia dentro de mim, dizendo para ter força, para lutar, para nunca desistir... 18 anos passam e parece que ainda não aprendi a lição, volto a cair nos mesmos erros ....
Merda de coração que nos leva sempre a perder a Razão.
Será que tenho de me juntar ao movimento intitulado " Antes eles do que eu ".

Começo a achar que cada vez mais é um mundo cão, mundo esse que nos manipula, influencia e parece rir bem alto quando estamos no chão, chão esse que ferve, fervor esse que marca bem fundo, marca essa que quando olho e vejo-a... lembro'me do quanto sofri, de quanta estupidez fui capaz, de quanta merda se faz num segundo...

Hoje assino o meu testamento

MORRI PARA O MUNDO !

domingo, 24 de maio de 2009

Fernando Pessoa

Não há escritor que mais me tenha influenciado com toda a sua eloquência do que este génio.
Cada aforismo seu parece penetrar o meu ser e ensinar-me algo novo e genuíno.
No entanto há um que me marca profundamente e que é como um lema de vida para mim: " Os deuses vendem quando dão".
Para o entender não há que ser profundamente crente, o vocábulo "deuses" pode ser entendido como vida ou destino.
Aqui reside a verdade, não podemos aguardar que tudo nos seja oferecido de mão beijada, a vida não é assim. Temos de lutar, singrar, desejar e ser fortes.
A vida gosta de nos pregar pequenas partidas, testar-nos. Resta-nos encarar de frente os desafios, sorrir perante eles e nunca deixar a inveja, a podridão ou a sociedade nos influenciar, aqui faço um pequeno parêntesis, a sociedade voraz que nos consome, nos atira para o chão e a todo o custo tenta dilacerar as nossas esperanças. Não podemos deixar. Assistimos a uma juventude da qual eu próprio me envergonho de pertencer. Por isso luto, deixando aqui o meu testemunho.
Em suma, pretendo criticar de forma construtiva, esperando encontrar alguém com ideais semelhantes que me dê razão, ou alguém que me demonstre porque estou errado.

Um abraço a todos.



Diogo Sottomayor.